quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Indústrias têxteis sofrem com a alta no preço do algodão

Compartilho com vocês uma notícia sobre a alta no preço do algodão por conta da quebra da safra de importantes produtos mundiais. Casos como o da Índia – que decidiu suspender a venda de produtos para o mercado externo – já estão afetando as indústrias têxteis e de fios do Mato Grosso do Sul. Conforme o presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, a situação vem desde o quarto trimestre do ano passado.

O presidente ainda informa que em um período de seis meses a alta do algodão chegou a 150% e o preço da pluma está variando muito. Nas indústrias têxteis o impacto segue o efeito cascata, pois, se o algodão está fazendo variar o preço do fio, este por sua vez reflete diretamente no custo de produção da confecção. O empresário Júlio Fukakusa, da Via Blumenau, indústria de confecções em atividade há cerca de cinco anos em Sidrolândia, explica que o fio a cada dia chega mais caro. “Comprávamos o fio de algodão 30/1 cardado, que é o mais comum usado na malharia, a R$ 6,90 o quilo e hoje está cerca de R$ 15,50. A diferença é muito grande em período tão curto”, explicou.

Em Mato Grosso do Sul, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2010/2011 de algodão deve ser 36% maior chegando a 53 mil hectares contra 38.650 hectares da safra passada. A expectativa de produção no Estado aponta para 72 mil toneladas de pluma, contra 50 mil toneladas da safra anterior. Além disso, área cultivada de algodão em Mato Grosso, o maior produtor do País, na safra 2010/11 deve ser 60% superior à anterior, alcançando 671,1 mil hectares de área plantada, enquanto na safra passada foram destinados à cultura 419,2 mil hectares.


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