segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crise internacional e o reflexo brasileiro:

Compartilho com vocês uma matéria retirada do site Economia SC.

A notícia não é das melhores. Em resumo, fala sobre a vulnerabilidade de nosso mercado com o aprofundamento da crise financeira. É bom ficar de olho nas oscilações do mercado:

Crise internacional pode reduzir investimentos diretos no Brasil

O aprofundamento da crise financeira internacional pode tornar o Brasil mais vulnerável às turbulências globais por meio de um mecanismo que fundamentalmente tem servido como fonte de compensação para os rombos nas contas externas: os investimentos estrangeiros diretos.

Especialistas acreditam que o agravamento da crise nas nações desenvolvidas provocará uma queda no fluxo de investimentos diretos que entram no país. A diferença entre as avaliações está na intensidade do fenômeno e nos possíveis efeitos da redução desse tipo de recurso sobre a economia brasileira.

Os investimentos estrangeiros diretos são os recursos que entram no país para criar empregos e expandir ou modernizar a capacidade produtiva, como a construção de fábricas e a compra de equipamentos. As dificuldades nos países avançados podem fazer as matrizes de empresas multinacionais adiarem ou cancelarem investimentos nas filiais em outros países.
 
O professor de economia internacional André Nassif, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), é menos otimista. Para ele, é falsa a impressão de que o país está mais preparado para enfrentar uma nova crise global do que em 2008, como declararam na última semana o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Nos seis primeiros meses do ano, os investimentos diretos líquidos bateram recorde e somaram US$ 42,7 bilhões, segundo o Banco Central. Esse valor representa a diferença entre o que as empresas estrangeiras investem no Brasil e o que as companhias brasileiras investem no exterior.
 
Desse total, o ingresso de recursos por meio de empréstimos intercompanhia soma US$ 23,8 bilhões, dos quais US$ 17,1 bilhões vêm de filiais de multinacionais brasileiras que devolvem dinheiro para a matriz no país. Esse valor tinha sido US$ 15,2 bilhões em todo o ano passado e é cinco vezes maior que os US$ 3,2 bilhões registrados no primeiro semestre de 2010. "É difícil acreditar que pelo menos parte desse dinheiro não esteja sendo usada para especulação", ressalta Nassif.

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