sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crise é do mercado financeiro, não de governos.

Depois de um período sem postar, estou voltando com uma entrevista interessante que li ontem no Estadão.

A reportagem é da jornalista Eleonora de Lucena.

A matéria inicia dizendo que a crise atual é fruto do mercado financeiro, não de governos mal comportados.

O que está havendo é um sucessivo estouro de bolhas, e os governos deveriam ampliar seus deficits, não cortá-los. Para isso, os políticos precisam se emancipar de Wall Street.

A visão exposta acima é de Heiner Flassbeck, diretor da Divisão de Globalização e Estratégias de Desenvolvimento da Unctad (Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento). Para o economista, que foi vice-ministro de Finanças da Alemanha (1998-1999), a recessão de agora pode ser pior e seguir o formato da japonesa.

Para ele é essencial enxugar o mercado financeiro e lembrar uma coisa simples: "os salários são o componente mais importante para a demanda privada e o capitalismo não funciona sem aumento do salário dos trabalhadores".

Flassbeck, professor da Universidade de Hamburgo, que classifica como ridículas as agências de risco, estará no Brasil na próxima semana para um seminário promovido pelo Centro Internacional Celso Furtado.

Leia a entrevista dele para o Estadão aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário