segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Importadoras reagem ao aumento

    Como havia comentado anteriormente, o IPI para carros com menos de 65% das peças fabricadas no Brasil sofrerá um aumento. A ABEIVA - Associação Brasileira dos Importadores de Veículos não concorda com essa decisão. Veja a matéria publicada no Jornal de Santa Catarina:

    SÃO PAULO - A Associação Brasileira dos Importadores de Veículos (Abeiva) reagiu à alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a carros importados e afirmou que a medida é resultado do lobby da indústria nacional para acabar com a concorrência.

    Segundo o presidente da associação, José Luiz Gandini, sem a disputa de mercado com os veículos importados, os fabricantes nacionais podem elevar os preços.

    Gandini também sugeriu que China e Coreia, países mais afetados pelas novas barreiras, devem enfrentar o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão.

    Na quinta-feira, o governo anunciou que o IPI vai aumentar 30 pontos. Atualmente, o tributo varia de 7% a 25%, dependendo do modelo e da potência. Agora, ficará entre 37% e 55%. Para o consumidor, o impacto será de 25% a 28% de alta no preço, afirmou o ministro Guido Mantega.

    A medida atinge 19 dos 40 veículos importados mais vendidos no Brasil, segundo a Agência AutoInforme, especializada no mercado automotivo. A razão é que a maior parte dos automóveis importados é proveniente da Argentina e do México, países que têm acordo automotivo com o Brasil, ficando imunes à alta do imposto.

    O presidente da Abeiva disse ainda que o prazo dado pelo governo para se enquadrar na nova medida, de 45 dias, é inconstitucional e que vai recorrer à Justiça caso a presidente Dilma Rousseff não reavalie o prazo.

    Segundo dados da Abeiva, as empresas associadas correspondem a 5,8% dos carros comercializados de janeiro a agosto deste ano no país. Foram 528,5 mil unidades importadas.

    O presidente da JAC Motors no Brasil, Sérgio Habib, disse que o decreto inviabiliza a construção da fábrica da empresa no Brasil com início previsto para 2014. O investimento seria de US$ 600 milhões.

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