terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Até 60 mil vagas em 2012

Para os interessados, 2012 será o ano dos concursos públicos. A dica para o sucesso – segundo reportagem do Jornal de Santa Catarina – é estudar, em média, seis horas por dia.
 
Entre as vantagens do serviço público, os candidatos destacam a estabilidade no emprego.

Até 60 mil vagas em 2012

Em busca de estabilidade e melhores salários, catarinenses se preparam para as provas deste ano.

Após vender produtos para construção civil por 15 anos, Darci Fortes dos Santos Jr. perdeu a representação comercial de argamassas de uma multinacional. Casado e com uma filha de cinco anos, ficou desiludido com a insegurança do mercado de trabalho. Em busca de estabilidade, aposta tudo nos concursos públicos e passou o fim de ano em volta dos cadernos. Afinal, 2012 será próspero em provas.

Os números variam, mas levantamentos indicam que 40 mil a 60 mil vagas devem entrar em disputa neste ano no Brasil. Entre os mais procurados está o concurso do Senado, que oferece 246 postos, com salários de até R$ 23,8 mil. A expectativa é de 80 mil inscrições para mais de 20 especialidades, entre elas médico, engenheiro e jornalista. Também tem vagas para a Polícia do Senado.

Como as provas para os níveis médio e superior, em 11 de março, serão em turnos opostos, os candidatos podem se inscrever em mais de um cargo. O trabalho é em Brasília, mas o teste será feito em todas as capitais.

Outro concurso nacional aguardado desde o começo de 2011 é o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As inscrições vão até 11 de janeiro. São 1.875 vagas: 1,5 mil para técnico do seguro social, exigido nível médio (salário de R$ 4,5 mil), e 375 para perito médico (R$ 9 mil).

Em SC, há vagas em Blumenau, Joinville, Chapecó e Criciúma. Para Florianópolis, só há vaga para médico, o que frustrou os concurseiros da região. Mesmo assim, Darci, que mora em Biguaçu, fará a prova.

Mesmo aprovado, segue busca por salário melhor

Há um ano e meio, ele passou no concurso da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), trabalha de manhã e aproveita a tarde e noite para estudar e fazer cursinho.

– Assim que deixei de ser representante comercial, peguei minha rescisão e investi em cursos. Consegui para motorista da Comcap e passei para a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com chamada em janeiro, e agora quero um salário melhor tentando o do INSS – conta Darci, que tem o ensino médio. 
 
Dica é estudar seis horas por dia

A disputa é grande. Para passar, tem que ralar muito. Para o professor da disciplina, Luiz Luz, fazer cursos preparatórios – o custo médio é de R$ 650 reais por 196 horas/aula –, é um bom investimento.

Outra dica é estudar bastante interpretação de texto. Luiz diz que, na matemática, muita gente tem dificuldade em entender o problema. A professora de português, Maria Helena Pasquallotto, confirma a dificuldade de boa parte dos pretendentes aos cargos públicos, o que acaba influenciando em outras áreas.

– Isso é resultado de uma base ruim no ensino médio. Não entendem o texto e isso gera problema de interpretação. As pessoas também não estão acostumados a escrever. Muitas bancas fazem questões discursivas e redação para eliminar, como o Centro de Seleção da Universidade de Brasília (Cespe), que faz a prova da Polícia Federal.

Maria Helena recomenda aos candidatos a reservarem no mínimo seis horas por dia para ficar sobre os cadernos e focar em um concurso por vez para conseguir se preparar bem nas matérias específicas.

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