quinta-feira, 26 de maio de 2011

Imposto: realidade de todos os brasileiros

Triste realidade esta que o IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário nos mostra:

Brasileiro trabalha 149 dias no ano só para pagar tributos

A cada ano o brasileiro precisa trabalhar mais para pagar  impostos e encher os cofres públicos.
Neste ano, somente a partir do dia 30 é que o contribuinte vai receber seu salário para usufruto próprio. Até lá, serão 149 dias, ou quatro meses e 29 dias, de trabalho para o Fisco. Isso é o que aponta o estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

No ano passado, foi necessário trabalhar 148 dias para quitar os tributos. Na década de 1970, porém, era preciso quase a metade do período: 76, ou dois meses e 16 dias. Essa diferença ocorre, explica o presidente do IBPT, João Elói Olenike, porque a tributação era muito menor naquela época.

A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários etc.) é formada principalmente pelo IRPF, pela contribuição previdenciária (INSS e previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais.

Somado a isso, o contribuinte tem de arcar com a tributação sobre o consumo, já incluída no preço dos produtos e serviços (PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS), e também com os impostos que incidem sobre o patrimônio (IPTU, IPVA e ITBI). Paga, ainda, taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e contribui com a iluminação pública
 
Em países vizinhos, como Argentina e Chile, o total de dias trabalhados no ano voltado ao pagamento de impostos é de 97 e 92 dias, respectivamente. A carga tributária brasileira é tão alta que a quantidade de dias trabalhados se equipara à necessária em nações desenvolvidas como Suécia e França, em que são precisos 185 e 149 dias.

O IBPT elaborou simulação mostrando quantos dias trabalhados são necessários por faixa de renda. Quem mais sofre com os encargos do Fisco são aqueles que recebem salário entre R$ 3.000 e R$ 10 mil, que têm de trabalhar 158 dias por ano para pagar seus tributos. "Isso acontece porque não existe um limite de alíquotas, que penaliza quem ganha recursos neste intervalo. Por exemplo, quem ganha R$ 10 mil mensais paga os mesmos 27,5% sobre a renda do que quem recebe R$ 20 mil."

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